SIDA

Este adoro.

Este detesto.

Não sei até que ponto aliás, ambos resultam. Penso que pecam os dois pelo excesso.
Um pela tentativa de chocar, o que, não o conseguindo como eu penso, torna-o foleiro.
O outro pela sua excessiva fuga ao óbvio, pela reduzida objectividade que deveria ter, quando toca a assuntos desta natureza.

Seria muito bonito se fosse possível mudar consciências com anúncios com esta sensibilidade.

"Ah, se ao menos fosse possível mudar o mundo com metáforas."

Alguém deve ter dito isto já. Alguém importante. Alguém que se saiba vestir bem e que articule bem as palavras ao ponto de as pessoas pararem para ouvir, alguém que deixasse escrito palavras belas que outro alguém as cite num qualquer folhetim, numa qualquer placa comemorativa, ou numa qualquer montra, ou num qualquer caderno de apontamentos de um qualquer estudante secundário.
Um qualquer faz tudo isto.
Poucos, de facto, o possibilitam.