Já que não se passa nada a esta hora e o João Pestana não chega (deve ter adormecido), registo aqui alguns momentos mais recentes da actividade do Corifeu-Artes Cénicas, sempre com a brevidade e periodicidade que nos é reconhecida.

DEZEMBRO 2007

Antes do curto período de férias natalícias, tivemos o prazer de o último ensaio ter sido, "em-jeito-de-conversa-sobre-teatro", conduzido pelo actor profissional Jorge Pinto, do Ensemble - Sociedade de Actores, ao qual deixamos aqui o nosso agradecimento por ter aceite o nosso convite. É também com a promoção deste tipo de sessões, que o Corifeu-Artes Cénicas aposta e investe numa sempre presente e crescente formação contínua dos seus elementos.

Sobre o Ensemble

Ensemble - Sociedade de Actores é uma unidade de produção e investigação teatral. Fundada no Porto em 1996 por um grupo de actores mais experientes da cidade e professores das escolas superiores de teatro. Para além das produções próprias, trabalham desde o início em parceria com os Teatros Nacionais D. Maria ll e São João, o Rivoli Teatro Municipal e outras estruturas do Porto, Lisboa e Viseu, tendo sido responsáveis por alguns dos momentos mais importantes da produção teatral nacional, como é o caso de Hamlet, dirigido por Ricardo Pais, co-produzido com os teatros nacionais e o CAEV, ou A Tragédia de Coriolano, de Shakespeare, dirigido por Jorge Silva Meio, uma co-produção com a Culturporto, para a inauguração do Grande Auditório do Rivoli Teatro Municipal em 97. O projecto integra duas áreas fundamentais: os espectáculos - produções próprias e co-produções, com o recurso a textos do grande reportório clássico e contemporâneo, e trabalhos experimentais, que reflectem o trabalho realizado em estúdio. Aqui se incluem as Atmosferas, espectáculos experimentais que partem de climas, actores e espaços dados, para chegar a personagens, enredos e textos. São estudados espaços físicos antes dos textos, escolhidos actores antes das personagens, tensões antes das situações. O texto não é necessariamente a última coisa a aparecer, mas não é, por definição do projecto, a primeira. Por fim, o estúdio de actores - onde se promove a experimentação teatral, se interrogam e aperfeiçoam recursos. Quer na intimidade do grupo, quer em ateliers com especialistas das mais diversas áreas técnicas e artísticas, abertos a actores convidados, e onde também se fazem sessões com jovens candidatos a actores, seleccionados segundo as suas próprias necessidades e capacidades. É aqui que se desenvolve a formação contínua de actores, em direcção a um exercício profissional competente e digno.

JANEIRO 2008

Estreámos "Quem quer ouvir a história que inventei?, uma performance cénica, de homenagem a Júlio-Saúl Dias. Mais uma produção, desta vez em moldes algo peculiares, de uma forma interessante e gratificante, uma vez que foi um trabalho conjunto entre a escola EB 2/3 "Júlio-Saúl Dias", A Cambada do Teatro e o  Corifeu-Artes Cénicas. Foi orientado um período inicial de Oficina de Teatro aos alunos da EB 2/3 "Júlio-Saúl Dias", para evoluírem então para este trabalho com os grupos de teatro do CCO. Uma iniciativa do Dr. Mesquita, Presidente da instituição, que proporcionou esta comunhão cultural e pedagógica, considerando também a vertente formativa que o Corifeu pode oferecer às camadas mais jovens em idades escolares, contribuindo assim, para a formação e desenvolvimento de um público conhecedor, opinativo e crítico, ou até mesmo, de futuros agentes culturais. Mais iniciativas destas serão promovidas e realizadas pelo CCO e Corifeu-Artes Cénicas.

“Quem quer ouvir a história que inventei?”

Encenação, coreografia e sonoplastia: Rogério Paulo

Desenho de luz: Paulo Pinto

Interpretação: Corifeu-Artes Cénicas (Magda, Ana, Alex, Maria, Ana Carol, Luís, Bruno, Filó, André e Sara) A Cambada do Teatro (Júlia e Vanessa) e Alunos da Escola EB 2/3 Júlio-Saúl Dias.

in cmviladoconde.wiremaze.com

Júlio - Saúl Dias - 25º aniversário da morte.

No próximo dia 17 de Janeiro de 2008, completam-se 25 anos sobre a morte do Eng.º Júlio Maria dos Reis Pereira (1901-1983), natural de Vila do Conde e nome consagrado das artes plásticas e da literatura portuguesas, com um percurso artístico de elevada craveira, intimamente ligado ao movimento “Presença” e que utilizou o nome de Julio como pintor e o pseudónimo de Saúl Dias como poeta. A efeméride será evocada num programa conjunto da Câmara Municipal e do Círculo Católico de Operários de Vila do Conde, a que se associou a Escola EB 2/3 “Júlio-Saúl Dias”, e decorrerá nos dias 17 e 18 de Janeiro:

Dia 18, 21h30, no Auditório Municipal de Vila do Conde:

- “As Pinturas de Meu Irmão Júlio” (16’), filme de Manoel de Oliveira com voz de José Régio, respectivamente amigo e irmão do pintor-poeta;

 - “Quem quer ouvir a história que inventei?”, espectáculo conjunto do Corifeu-Artes Cénicas, A Cambada do Teatro e Escola EB 2/3 “Júlio-Saúl Dias”.

FEVEREIRO 2008

O Desfile de Carnaval, tradição em Vila do Conde, contou com a participação do CCO, representado pelo Corifeu-Artes Cénicas e pelo Coro Infanto-Juvenil. Foi mais um trabalho conjunto, desta vez entre as actividades da instituição, onde o Corifeu criou e organizou uma animação performativa, aproveitando a ocasião para uma primeira abordagem e contacto ao conhecimento e investigação da técnica da máscara da Commedia dell'Arte.

Neste momento, preparamos a homenagem a Manoel de Oliveira, para dia 1 de Março, no Auditório Municipal de Vila do Conde.

O meu caso, com Benilde e El-Rei Sebastião

Corifeu-Artes Cénicas

Auditório Municipal de Vila do Conde – Sábado, 17:00h

Percurso cénico sobre textos do teatro de Régio, nas obras utilizadas por Manoel de Oliveira na transposição para o cinema: O Meu Caso, Benilde ou a Virgem-Mãe e El-Rei Sebastião.

Mais actualizações brevemente.

roger